sábado, 24 de dezembro de 2011

Bispo denuncia trabalho escravo

"Ainda no outro dia lá visitava uma exploração agrícola e fez grandes elogios, mas a maioria das pessoas que lá trabalham são grupos vindos da Ásia que se sujeitam àquele ritmo de trabalho sazonal quase dia e noite", referiu D. Vitalino Dantas à Renascença, a propósito do Dia Internacional do Migrante, ontem assinalado.
O bispo, que há um ano já tinha denunciado ao CM casos de "escravatura " de cidadãos moldavos e romenos na apanha da azeitona, refere que também os asiáticos vivem em condições desumanas. "Em certos sectores, especialmente na agricultura, recorrem a grandes grupos, sobretudo de países asiáticos, que vêm e ficam quase num gueto… ali fechados. Creio que haverá alguma espécie de trabalho escravo. Estão habituados lá nos seus países a um trabalho mais escravo, sem grandes direitos", disse D. Vitalino Dantas que durante as suas visitas pastorais constatou a presença de intermediários, que vivem "num nível de vida superior, à custa dos que trouxeram".
O presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, Francisco Palma, "estranha esta denúncia" e lembra que as autoridades têm intensificado "a fiscalização". "Se há escravatura é através de intermediários, sobretudo organizada por máfias de Leste. Estamos mais preocupados com o aumento dos furtos de cobre, a maioria praticados por imigrantes. Na zona da Vidigueira há prejuízos de 300 mil euros", adiantou.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial